O universo dos vinhos é riquíssimo, existem muitos conceitos e detalhes que podem ser aprendidos sobre essa bebida milenar e que carrega tanta história. Dentre os vários termos que fazem parte do dicionário enólogo, um deles gera dúvida entre os apreciadores da bebida: os vinhos tranquilos. Neste artigo, vamos te explicar o que significa e o que são considerados esses vinhos!
Se você está em uma jornada de conhecimento sobre o mundo dessa bebida única, continue a leitura deste post para saber o que são os vinhos tranquilos e seus diferentes tipos. Aproveite o conteúdo, enriqueça seu vocabulário de termos sobre o vinho e fique ainda mais bem informado na hora de escolher seus rótulos!
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O que são vinhos tranquilos?
Os vinhos tranquilos são rótulos que passaram por um processo de fermentação natural. Por conta disso, eles não possuem gás carbônico e, consequentemente, não têm aquelas borbulhas características de um espumante, por exemplo.
Além de não terem o gás carbônico, durante sua elaboração, os vinhos tranquilos também não recebem um complemento extra de álcool e/ou açúcar ao longo do processo.
Esse procedimento, conhecido como adição de aguardente vínica, é o que acontece com os chamados vinhos fortificados. O mesmo também ocorre com bebidas como licores. O efeito disso é um teor de açúcar muito elevado, além de uma graduação alcoólica que fica em torno de 20%.
Aproveite para entender como identificar o corpo de um vinho.
Por não passarem por esse processo de adição extra, os vinhos tranquilos são bebidas que apresentam uma graduação alcoólica que pode variar entre 7% e 15%.
Uma outra curiosidade sobre vinhos tranquilos é que seu processo de produção é, na verdade, uma base para a elaboração de vários outros tipos de vinho, incluindo até mesmo os espumantes.
Dessa forma, podemos concluir que essencialmente todos os tipos de vinho passam pelos mesmos processos de produção dos vinhos tranquilos, pelo menos em seus passos iniciais.
Quais são os tipos de vinhos tranquilos?
Como vimos, os vinhos tranquilos são aqueles que não apresentam as borbulhas características do espumante e que também não passam por etapas de fortificação.
Eles podem ser considerados vinhos finos ou vinhos de mesa, dependendo da variedade de uvas com os quais são produzidos.
Agora que você já sabe mais sobre o conceito, vamos conhecer seus principais tipos a seguir.
Vinho branco
O vinho branco é um tipo de vinho tranquilo que pode ser produzido tanto com a espécie uvas vitis labruscas, que são popularmente conhecidas como as uvas de mesa (aquelas geralmente consumidas in natura) como com uvas brancas ou tintas.
Conheça agora os principais tipos de vinho branco
Quando elaborados com uvas tintas, existe um processo importante que é chamado de desengace. Trata-se de uma etapa na qual as cascas da fruta são retiradas antes da maceração (quando os frutos são esmagados). Isso acontece, pois, é justamente a casca responsável por liberar substâncias que vão colorir o vinho, e no vinho branco isso é evitado.
Rótulos brancos são marcados por sua acidez e leveza. São frescos e com notas frutadas e cítricas que os tornam versáteis e fáceis de beber e harmonizar.
Vinho rosé
O vinho rosé possui uma encantadora coloração rosada, resultado de diferentes métodos de produção. Assim, dependendo do processo aplicado, a tonalidade rosa pode ir do mais claro ao mais escuro.
Da mesma forma que os brancos, podem ser elaborados com uvas tintas e brancas, mas, neste caso, existe um contato da bebida com as cascas das uvas tintas. Esse tempo de contato do sumo das uvas com a casca de coloração tinta varia. Dessa forma, isso resulta em bebidas com diferentes níveis de acidez, tanino e características diversas como o aroma.
Tudo que você precisa saber sobre vinhos rosés
Sendo assim, vinhos rosés são bebidas intermediárias entre os brancos e tintos, daí sua versatilidade. Elas também apresentam refrescância e são ótimas para os dias quentes, da mesma forma que são coringas na harmonização com diversas preparações.
Vinho tinto
Produzidos a partir das uvas tintas, esse tipo de vinho tranquilo tem sua coloração vermelha característica, que também pode ser mais ou menos intensa conforme o tempo de contato do sumo com a casca.
O vinho tinto apresenta uma concentração de taninos significativa, uma vez que essa substância está presente justamente na pele das uvas. Contudo, essa concentração pode mudar conforme a uva. O vinho tannat é um dos mais concentrados e encorpados. Já o pinot noir tem um nível de tanino mais baixo.
Saiba como ler os rótulos de vinho e identificar essas informações
Em geral, vinhos tintos são mais densos e vão bem com pratos de sabor marcante, como carnes vermelhas. São muito degustados no inverno ou clima frio, e combinam com o charme desse período.
Vinho laranja
O vinho laranja não é muito comum ou conhecido entre os brasileiros, mas trata-se de uma bebida muito interessante, com sabores e aromas marcantes. O vinho laranja nada mais é do que um vinho branco que foi fermentado junto com as cascas das uvas brancas.
No processo de elaboração de vinhos brancos, as cascas, sementes e outros elementos são separados da polpa da fruta. O objetivo é gerar um líquido o mais claro possível e com baixa concentração de taninos.
No vinho laranja, a casca branca permanece em contato com o sumo durante a fermentação. Isso resulta em uma coloração mais acentuada, alaranjada e única. Como resultado, o sabor também é complexo e encorpado. Os aromas são variados, predominando os de frutas, como laranja e tangerina, e frutos, como castanhas e avelãs.
Qual a diferença entre os vinhos tranquilos e os espumantes?
A principal diferença que separa os vinhos tranquilos e os espumantes é a questão do gás carbônico. Vinhos tranquilos, como sabemos, são fermentados uma única vez e não possuem gás carbônico — e nem as borbulhas, consequentemente.
Já os espumantes passam por uma segunda etapa de fermentação. Nela, são adicionados açúcar e leveduras na bebida. Esses complementos podem ser inseridos de forma direta na garrafa, onde são selados (como no caso do método tradicional), ou em tanques de inox (como acontece no método Charmat).
Tanto no tanque de inox como na garrada, o processo de fermentação faz com que o açúcar se transforme em álcool e gás carbônico (dióxido de carbono). Isso é crucial para formar as borbulhas características do espumante, que recebem o nome de perlage. O tempo da segunda fermentação varia conforme a bebida, e pode levar anos.
Como falamos no início, os vinhos tranquilos também se diferem dos chamados vinhos fortificados, que recebem uma adição de aguardente vínica durante seu processo de fermentação.
Esse é o caso de bebidas como o Vinho do Porto, Xerez, Vinho Madeira, Vermute e outros. Eles formam uma categoria à parte, e são conhecidos por seus sabores intensos, adocicados e de textura aveludada.
Ao ampliar conhecimentos sobre o universo dos vinhos, percebemos o quanto os processos de elaboração resultam em bebidas com características únicas. Os vinhos tranquilos e os espumantes são exemplos disso. Agora que você sabe mais sobre o termo e as diferenças, pode escolher seus rótulos com mais confiança e tranquilidade.
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