Quando falamos do universo do vinho, de conhecimentos e informação a serem explorados, o vinho é uma bebida, que envolve, antes de tudo, a origem do seu consumo. E por isso, hoje vamos falar sobre Terroir! Você sabe o que é terroir?
É justo nesse meio que buscamos nosso tema e nossa referência de hoje, em um termo muito particular, que ainda que por tantas vezes banalizado, carrega consigo um peso e uma importância. Falamos hoje de terroir!
Escrito por: Diego Arrebola - Best Brazilian Sommelier 2012, 2016 & 2018
A origem da palavra Terroir
A própria palavra já carrega muitos contextos e significados. Como muito no mundo do vinho, aqui adotamos em todo lugar um termo francês. Afinal, ainda que o vinho não tenha surgido na França e tampouco seja a França responsável pela difusão da vitivinicultura pela Europa, algo que coube aos Romanos, o mundo do vinho contemporâneo é moldado pela França, com técnicas, castas, estilos, legislação e muito mais.
Em nenhum lugar a cultura da produção e consumo do vinho atingiram o mesmo patamar atingido em terras francesas nos últimos séculos, impactando a forma como todos nos pensamos e bebemos o vinho.
Nesse contexto, o termo “terroir” foi incorporado ao vocabulário do vinho e nunca houve uma preocupação com sua tradução, até por se tratar de uma palavra sem tradução direta em outros idiomas. Traduzir o termo “terroir” envolve precisamente conceituá-lo e explicá-lo.
Terroir é um conceito ligado ao senso de lugar, de origem, não só de um vinho, mas de qualquer outro produto capaz de exprimir seu local de nascimento; é o gosto do lugar!
Chamamos de terroir o conjunto de características locais que impactam diretamente o estilo e qualidade de um vinho, ligando-o a este local. Terroir abarca o solo, sua geologia e textura, abarca relevo, clima e hábitos e costumes locais, no que incluímos técnicas de vinificação, mas também escolha de uvas, condução de vinhedos, hábitos de irrigação, poda e muito mais. Tudo aquilo que faz um vinho distinto, identificável em comparação com outros.
Assista também ao Documentário - Família Salton: Excelência como destino – Terroir
Como identificar as características de um Terroir
Um Bordeaux fidedigno ao seu terroir tem jeito, cara e gosto de Bordeaux, desde o Premier Cru de €500 até o regional genérico de €2,99 que se encontra em um supermercado popular. São ambos Bordeaux, ambos típicos, ambos identificáveis, porém cada um dentro de uma proposta específica.
Esse é talvez uma das grandes diversões do vinho, decifrar os sinais que ligam aquela bebida específica ao seu terroir, nos falando claramente de onde ela vem. Evidente que tal identificação não é instantâneo, nem para quem, degusta e nem para o vinho.
Do lado do vinho, a identificação do mesmo com sua origem é construída ao longo de séculos, conforme o cultivo e as práticas locais vão moldando a produção do lugar, até que o produto seja inseparável de sua terra, como um Bourgogne ou um Barolo. Enquanto isso, do lado do degustador, também se vão anos, e taças, até que o perfil de um determinado terroir esteja claro na memória, permitindo que a identificação venha com naturalidade a partir de uma fácil percepção daquilo que distingue o vinho.
A busca por essa identidade é constante, com o adicional que não partimos do zero, mas contamos com milênios de conhecimento acumulado, combinado com as mais modernas tecnologias, o que permite uma rápida identificação de características mais propícias a esta ou aquela casta. Assim, temos já algum vislumbre, dos terroirs que temos a explorar e dos vinhos que ali podem ser produzidos.
A expressão do Terroir nos rótulos da Salton
A marca Domenico da Salton, vai bem nesse caminho, de entender os terroirs e de cada um buscar o melhor resultado. São hoje quatro rótulos, um espumante Prosecco e três vinhos tintos, que buscam expressar de forma clara suas origens.
Domenico Salton Giornata
Obtido a partir de uvas da Serra Gaúcha, terroir de excelência para a produção de grandes espumantes brasileiros. É ali que as condições de clima e solo permitem a produção de vinhos base leves, aromáticos, frescos e com álcool moderado, justamente o necessário para, na segunda fermentação, nos entregar vinhos vibrantes e cativantes.
Já os tintos, são três a partir de duas castas, ambas cultivadas na Campanha Gaúcha. A Campanha, com clima mais quente e seco que a Serra, além de solos com melhor drenagem, é ideal para a maturação consistente de uvas tintas, especialmente aquelas com potencial para produzir vinhos com mais estrutura, caso da Marselan e da Tannat, aqui cultivadas pela Salton.
Veja também: Documentário - Família Salton: Excelência como destino - Enologia
Domenico Salton Campanha Marselan/Tannat
O exclusivo corte foi cuidadosamente elaborado para expressar toda o potencial da Campanha Gaúcha combinando, de um lado, a vivacidade intensa da variedade Marselan com a potência e robustez da Tannat.
Domenico Salton Campanha Marselan
A singularidade da variedade Marselan é evidenciada na Campanha Gaúcha, alcançando um nível de expressão rico e exuberante em aromas, sabores e texturas elegantemente combinados.
Domenico Salton Campanha Tannat
A essência da variedade Tannat se revela desde o cuidadoso cultivo de vinhedos, especialmente selecionados, até a vinificação precisa, na busca da expressão máxima da fruta.
Vinhos deliciosos e didáticos, que permitem entender as características de cada uva em separado, bem como sua interação em um corte. Além de nos permitir buscar características em comum, que apontem não para as uvas, mas para o terroir da Campanha.
Quer aproveitar para melhor entender esse conceito e de quebra desbravar um novo terroir brasileiro? Clique e visite os rótulos da Família Salton.