Quem se aprofunda no mundo dos vinhos, estudando, pesquisando e, em especial, experimentando os diferentes rótulos, eventualmente se questiona sobre a diferença entre frisante e espumante. Afinal, ambas as bebidas são frequentemente confundidas, visto que muita gente considera que os dois termos são, na verdade, sinônimos.
Por isso, fica a pergunta: há motivo para, de fato, haver confusão entre elas? Será que existem características diferentes não só na composição delas, mas também na forma de servir e consumi-las? Continue lendo e tire suas dúvidas!
O que são os frisantes e os espumantes?
Tanto uma bebida quanto a outra se trata de vinhos que podem ser consumidos em programas da rotina e, é claro, em momentos comemorativos. Contudo, o espumante tem uma elaboração mais complexa e com maior investimento de tempo e custo para os fabricantes. Por isso, ao longo do tempo, ele foi comercializado com maior valor agregado, tornando-se, assim, um produto de maior status social e cultural.
Reservado para momentos mais especiais e marcantes, como casamentos, formaturas, réveillon etc., um bom exemplo disso são os espumantes do tipo Champagne — fabricados na região francesa de onde herdaram essa nomenclatura.
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Quais as principais diferenças entre essas bebidas?
A seguir, você vai conferir que, sim, há aspectos bem particulares de cada bebida. O que ajuda a identificá-las e a saber quando experimentá-las. Veja!
Fermentação
O processo de produção das bebidas, mas especificamente a etapa de fermentação, é o que impacta a diferenciação base delas. No caso do frisante, o gás carbônico que é liberado nesse momento é retido por meio do equipamento utilizado para que ele permaneça em contato com o líquido.
Isso permite que ele seja incorporado pela bebida que, consequentemente, se torna levemente gaseificada. Já no processo do espumante o que ocorre é que há duas fermentações. Sendo que é apenas na última onde ocorre a retenção do gás — e em maior volume para uma maior propriedade efervescente.
Entenda mais sobre os processos de fermentação.
Essa atividade pode ser feita de duas formas de acordo com o recipiente utilizado. As principais são chamadas de: método Tradicional (que utiliza o engarrafamento) e método Charmat (que utiliza o armazenamento em tanques).
O método asti, portanto, também tem se popularizado entre os fabricantes de espumantes. Ele faz uso do mesmo tipo de reservatório que o anterior. A diferença é que a fermentação é unificada, não sendo dividida em fases.
Teor alcoólico
Em termos de teor alcoólico, também há diferença entre frisante e espumante. O primeiro grupo se mantém na casa dos 7% aos 10%, enquanto o segundo conta com rótulos na casa dos 10% aos 14%. Essa é uma informação importante que pode ajudar você no momento da escolha conforme o tipo de evento no qual a bebida será servida.
Saiba o espumante ideal para servir em cada ocasião!
Temperatura de armazenamento
O ideal é que o espumante seja mantido na sua adega a uma temperatura máxima de 6°. Afinal, quanto mais resfriado, melhor é a degustação dele. O frisante pode ser armazenado, sem problemas, a uma temperatura mais elevada, chegando até a 16°. Ambos são ótimas pedidas para dias mais quentes e ensolarados justamente por essa característica.
Harmonização
Outra diferença entre frisante e espumante diz respeito à harmonização. O primeiro vai bem com alimentos leves, de baixo nível de processamento e teor moderado de gordura. Entram aí principalmente proteínas grelhadas e assadas, frutos do mar e frios.
Os espumantes, por sua vez, possuem notas mais evidentes de acidez, resultado das uvas com as quais são produzidos (moscato, prosecco, pinot noir etc.). Isso permite um equilíbrio com uma maior variedade de pratos, incluindo massas, doces e preparos com molhos.
Em questão de aperitivos, os dois dispõem de um leque variado de opções. Sendo utilizados justamente em recepções e confraternizações por serem bebidas que harmonizam tanto com canapés quanto com empadas.
Como esclarecido, a diferença entre frisante e espumante começa na produção dessas bebidas, o que afeta a composição e as características que se destacam no momento da degustação. Portanto, agora que você já sabe o necessário para identificar ambos os tipos de vinhos, comece a praticar o reconhecimento sensorial deles. Você descobre mais diferenças entre essas bebidas através do nosso e-book gratuito “Tudo sobre espumantes”, acesse agora!